sábado, 17 de março de 2012

BAUHAUS - DOCUMENTÁRIOS





Ryusuke Fukahori


Ryusuke Fukahori 

Nas fotos, os peixes de Ryusuke Fukahori são bonitos, mas se você puder ver um de seus aquários ao vivo poderá tomar um susto ou ficar de queixo caído. Perceberá que não são peixes de verdade, mas pinturas fascinantes que ganham vida pelas mãos deste extraordinário artista japonês.
dourado, fukahori, goldfish, hiper-realismo, peixe, pintura, resina
© Ryusuke Fukahori (foto de Dominic Alves).
Três períodos foram de grande importância na vida de Fukahori: 1973, quando veio ao mundo, na província japonesa de Aichi; 1995, quando se graduou pela Aichi Prefectual University of Fine Arts and Music; e, finalmente, 2000, quando, ao passar por uma crise sobre sua visão artística, buscou inspiração no que seria a fonte de grande inspiração: o peixinho dourado que possuía há mais de 7 anos. Desde então, tornaram-se inseparáveis na vida e no trabalho. Somando isso à técnica particular de Fukahori, surgiram desta parceria peças incrivelmente naturais e quase reais. Verdadeiras esculturas vivas.
A técnica de Fukahori consiste em pinturas de tinta acrílica sobre camadas de resina transparente. A cada camada, Fukahori pinta os detalhes minuciosos até obter o resultado final de uma ilusão em 3 dimensões hiper-realista. Trabalhando com uma resina de alta qualidade, que resulta numa transparência perfeita, cada camada necessita de 36 a 48 horas para secar, e o trabalho completo, pelo menos uma semana. O artista reúne duas características fortes dos japoneses: talento e paciência.
Sua admiração pelo peixe dourado vem de sua crença na origem similar que este tem com a história do Japão. A história deste peixe com o homem começou há cerca de 1500 anos, no sudeste chinês. Há 500, quando entrou no Japão pelo porto Sakai, de Osaka, começou a ser criado por vendedores de rua - inicialmente comercializado para aristocratas, devido seu preço - mas logo popularizou-se e conquistou toda a população.
dourado, fukahori, goldfish, hiper-realismo, peixe, pintura, resina
© Ryusuke Fukahori (foto de Dominic Alves).
Ao longo desta história, o peixe dourado desenvolveu uma dependência fisiológica pelo ser humano. Esta dependência pode ser comparada à dos imperadores com seus súditos, que sustentavam um poder místico alimentado pelos indivíduos que os cercavam. Sem este poder, eram logo esquecidos e abandonados. O mesmo ocorre com o peixe dourado. Se solto em uma lagoa natural, ele não será capaz de sobreviver um dia sequer. Pensando nisso, Fukahori pinta as pequenas criaturas para que não desapareçam e continuem a fascinar as pessoas.
Ao lado de sua fonte de inspiração, o artista criou a coleção de esculturas aquáticas “Goldfish Salvation”. As peças foram expostas na ICN Gallery, em Londres.
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© Ryusuke Fukahori (foto de Dominic Alves).
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© Ryusuke Fukahori (foto de Dominic Alves).
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© Ryusuke Fukahori (foto de Dominic Alves).
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© Ryusuke Fukahori (foto de Dominic Alves).
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© Ryusuke Fukahori (foto de Dominic Alves).
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© Ryusuke Fukahori (foto de Dominic Alves).
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© Ryusuke Fukahori (foto de Dominic Alves).

Agora, vejam a execução destas obras...



DESIGN ÚTIL OU INÚTIL?



O ÚTIL e o INÚTIL...






















sexta-feira, 16 de março de 2012

BÁRBARO!!! O VALOR DO DESIGN ARTESANAL!!


Os óculos feitos de madeira


Super lindo esses óculos com a armação todinha feita de madeira desenvolvido por Andreas Licht. 
Chamado de Herrlincht, esse acessório é a pura combinação de 4 coisas que, juntas, deram super certo: Material natural, técnica artesanal, pois ele é todinho feito à mão, design retrô e alta tecnologia. 
Licht demorou 1 semana para fazer essa verdadeira obra de arte em forma de óculos escuros. Foram usados várias camadas de madeira e unidas através de uma técnica japonesa super avançada. Os parafusos e as dobradiças dos óculos tbm são feitos desse mesmo material. 
Veja os seus detalhes:

Eu gosto muito do seu modelo retrô, que super combinou com a madeira de sua estrutura. 
O Herrlicht está disponível em madeira escura, essa clara que voce está vendo na foto e uma mais avermelhada. 
São produzidos apenas 250 peças por ano de cada modelo da coleção e custa cerca de U$ 1.500 o par.  

LI NO TIMES!!!

Vi na capa da ediçao do Financial Times uma reportagem de página inteira sobre o "novo design". 
Fala de uma volta aos materiais tradicionais e aos métodos tradicionais de produção à mao
Para conseguir isso utilizam artesãos de vários países na Ásia, África e América Latina aliados ao desenho e a técnica dos designers de Estados Unidos, Holanda, Inglaterra e Brasil… Isso mesmo, cita umas luminárias dos irmaos Campana, mas na hora de falar dos artesaos brasileiros só descreve uma tentativa frustrada de uma escola de Design da California. O resultado desta primeira tentativa foi que o custo era muito alto e os artesãos nao estavam organizados o suficiente para fazer com autonomia a parte de embalagem e faturaçao… Uma pena, não é mesmo? Será que tem soluçao? Será que é isso?


A minha opinião é que, "OS CAMPANAS" é a prova de que, esta última colocação, não é verdadeira...O design Artesanal, hoje, é totlmente produtivo e atinge, todas a fases da produção e apresentação com qualidade. 

     Luminaria bambu irmaos Campana



quinta-feira, 15 de março de 2012

INTERIORES X ARTESANAL - Casamento perfeito!





Design e artesanato: relações delicadas


Design e artesanato parecem pertencer a mundos distintos, tão radical é a percepção de suas diferenças. O design é conceitual, generalista, voltado para a inovação e a produção seriada e uniforme. O artesanato é manual, especializado, sobrevivente de outros tempos, voltado para a produção em pequena escala com suas variações e irregularidades. No entanto, embora os produtos industriais sejam dominantes, os objetos artesanais continuam minoritária, porém persistentemente presentes. E não se trata apenas de reminiscências tradicionais, mas de objetos artesanais novos e únicos, feitos em suas oficinas por artesãos contemporâneos, com formação universitária, eventualmente em design.
Ao reaproximar criação e realização, cujo elo foi rompido pela indústria, os designes e artesãos contemporâneos propõem uma abordagem diferente das relações entre artesanato e design. 
Suas novas realizações evidenciam a criatividade inerente aos ofícios artesanais direcionada à produção variada e em pequena escala; e (re) afirmam a importância, frequentemente esquecida, na elaboração do design, da familiaridade com os materiais e os métodos produtivos.




Sacolas de Compras Recicladas!




Design: Ulisses Calhao, Cuiabá, MT
Produção | Production: Mato Forte, Cuiabá, MT




Interessados em empreender uma ação com cunho social e ecológico em Mato Grosso, integrando design e artesanato,
profissionais cuiabanos se reuniram no grupo Mato Forte. Uma das linhas de trabalho é a elaboração de sacolas de compras
utilizando banners, sacos de cereais, embalagens vazias, lonas, carpetes e outros materiais descartados. O corte, a costura e
o bordado à máquina são feitos por comunidades de mulheres de baixa renda.



TemQuemQueira: (Design x Socialização)
Ao mesmo tempo que contribui com o meio ambiente ajuda os presidiários do Núcleo Prisional Ferreira Neto
A ONG TemQuemQueira, de Niterói, no Rio de janeiro, desenvolve um trabalho, com presidiários, de reaproveitamento de materiais a fim de construir novos produtos, ou seja, transformam lixo em renda financeira e qualificação profissional.
Dentre os materiais utilizados, os que mais se aproveitam são sobras de lonas vinílicas, fundos de palco, banners e outdoors encontrados no lixo gerado por eventos e publicidade. A ideia veio da coordenadora, Adriana Meyer, que percebeu a quantidade de resíduos que eram descartados nestes locais.
A TemQuemQueira desempenha um duplo papel social, ao mesmo tempo que contribui com o meio ambiente ajuda os presidiários do Núcleo Prisional Ferreira Neto, em Niterói, a desenvolverem suas habilidades. Uma oficina é oferecida para a realização do trabalho.
No local são feitos diversos tipos de bolsas, sacolas, nécessaires, pastas, porta-documentos, carteiras. Todos os produtos podem ser visto pelo site da TemQuemQueira. As aulas acontecem dentro do presídio, no Centro do Rio.
Qualquer pessoa que fizer um evento pode entrar em contato com a instituição posteriormente, para que façam a recolha dos materiais que podem ser reaproveitados. Os produtos são confeccionados com muito cuidado e com acabamento perfeito afirma Adriana.
O trabalho realizado além de ocupar o tempo ocioso dos detentos é uma maneira de estimular a aprendizagem, afinal eles podem desenvolver este ofício após cumprirem suas respectivas penas.
Atualmente, as peças são vendidas em uma loja no metrô do Rio de janeiro e também são produzidas por encomenda. A ONG tem o apoio de diversas instituições como a Nestlé, Bradesco, Eletrobras, e muitas outras.



Design + Artesanato: O caminho brasileiro


Design + Artesanato: o caminho brasileiro




Para todos os designers que vêm se interessando pela retomada do trabalho manual que vem ocorrendo no campo do design – tanto de gráfico como em produto – em todo o mundo, “Design + Artesanato: o caminho brasileiro” é uma fonte de referência particularmente importante por reunir o melhor da criatividade e refinamento que distingue o artesanato brasileiro.

Prato de Marchetaria Ecoshop


Prato de Marchetaria Ecoshop (Ecoshop Marquetry Plate)
Design e produção | Design and production: PuroAmazonas, Manaus, AM


A marchetaria(processo artesanaal) é feita com madeiras amazônicas, como o cedro, marupá, louro preto, louro faia, paurainha, cumaru, marupá, angelim e massaranduba. 
Toda madeira utilizada é oriunda de um processo produtivo manejado de forma ecologicamente adequada,certificado pelo selo FSC.


LIXO OU PROVÁVEL PRODUTO - ARTESANAL OU DESIGN?

“O que se considera lixo é uma espécie de indicador que revela os valores de
determinada cultura”. Os catadores são os responsáveis por levar o lixo para o
“lugar certo”, as centrais de triagem, muitas vezes mantidas por cooperativas,
que são essenciais para limpar a sujeira que deixamos em nosso rastro e assim
transformar o lixo em recurso.
Quase metade do lixo coletado no país, contudo, continua sendo levada para
lixões e 70% dos municípios dão destinação inadequada aos resíduos. 
Isso é especialmente preocupante quando se vê que a quantidade de lixo geradano país vem aumentando significativamente, numa curva que acompanha amelhoria do poder de compra dos brasileiros. A média de geração de lixo no
Brasil hoje é de 1,152 kg por habitante por dia, padrão próximo ao dos países
da União Europeia, cuja média é de 1,2 kg por dia por habitante.



Os designers e artesãos no Brasil têm contribuído com essa questão e, desde os anos1990, reutilizam papel, papelão, pneus, PET e alumínio, entre outros, em seus projetos. 
Recentemente, outros materiais passaram por uma valorização por meio do design e do produto artesanal em pequena ou grande escala. 
Um exemplo são as lonas de caminhão e as madeiras de demolição. Aponta-se, entretanto, que, como esses materiais caíram no gosto das pessoas, há indústrias que estão tratando madeiras e lonas novas para parecerem velhas – algo a ser debatido.


Produto ou Artesanato? Design ou Peça Artesanal?
Qual processo utilizado na fabricação? Industrial oi inicialmente Artesanal?



Exemplos:


Coleção Índios Urbanos (Urban Indians collection)
Design: Mana Bernardes, Rio de Janeiro, RJ




“O poder de transformação é a joia de ser humano.” O conceito guia o trabalho de Mana Bernardes, que escolhe materiais do cotidiano para criar inventivos brincos, colares e anéis. A coleção Índios Urbanos reinventa o pet extraído das garrafas jogadas no lixo, material abundante nas cidades. 
As peças são feitas manualmente.





DESIGN X ARTESANAL

Ao contrário de países como a Itália, no qual a tradição artesanal fez parte do desenvolvimento do design, no Brasil, o artesanato sempre foi visto como uma atividade à parte. A partir de meados da década de 1990, porém, design e artesanato se aproximam, e essa reconciliação gera bons frutos.
Cadeira Multidão, dos Irmãos Campana, feita com bonecas de Esperança, PB